quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pra que me pariu

Vicei minha mãe. Sim, a velhinha caquética da minha progenitora encontrou um outro mal além do cigarro: este blog. Tá viciada em ler porcaria.

Pois é em homenagem à minha mãe que vou escrever sobre as mães...e os traumas que estas pessoinhas do mal causam em seus rebentos. Sim, porque tudo é culpa da mãe.

Por exemplo, tem um colega meu que deve ter ficado com tanto trauma da mãe dele que precisa colocar o celular para despertar no dia do aniversário dela, se não esquece. Já o filho de uma colega minha foi esquecido dentro do carro. O detalhe é que a pobre criança tem uns três anos. Tudo bem, foi o pai que esqueceu do filho dentro do carro, mas sabemos que nenhuma mãe em sã consciência deve confiar às cegas no pai do seu filho. Parece que depois do incidente, o guri só vai à creche de bicicleta de rodinha. Nem chega mais perto da garagem.

Mas e o que dizer da minha mãe. Aquela diabinha já tentou me esfaquear, sabiam? Sim. Só porque eu disse, umas três dezenas de vezes, “Tu não me pega, tu não me pega”, ela tocou uma faca de cozinha contra este anjinho que vos fala. Ela jura de pé junto que só quis me assustar, que mirou na porta da cozinha, mas eu tenho minhas dúvidas. E na vez que ela quebrou um ovo na minha cabeça só porque eu disse, umas três dezenas de vezes, “Tu não me acerta, tu não me acerta.”

Com o passar do tempo, a vileza dela só piorava. Um belo dia de verão, ao me flagrar no banheiro comendo umas balinhas azedinhas, ela me puteou. “Guri, tu tá maluco comendo uma cartela inteira de aece!” Vocês acreditam que ela começou a guardar as balinhas azedinhas no topo da prateleira!?

E quando ela me obrigou a tomar banho à meia-noite, em pleno inverno. Justo quando eu estava prestes a bater o recorde sul-americano de mais tempo sem banho. Mas ela foi capaz de coisa muito pior. Até me dá calafrios de lembrar.

Para baixar a febre nada de xarope, comprimido, injeção ou simpatia. Não meu caro. Bastava o termômetro marcar 39 graus para eu sofrer um atentado violento ao pudor. Sim, minha mãe era fã de supositório. Até acho que proibiram a venda desta indecência.

Mas eu superei o episódio da faca, do ovo, das balinhas azedinhas, do banho, até (quase) do supositório, e me vinguei.

Viciei minha mãe em porcaria!

Por Ermilo Drews

4 comentários:

  1. Caquética é tua vovozinha!!!
    E eu não estou viciada não, é que eu adoooooooooooro ler tudo que tu escreve( ainda irei editar um livro com tuas crônicas)
    Só não precisava contar todos os meus ataques de mãe estressada(com um guri que era um capeta).

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  2. O que a humanidade lamenta é que a senhora não teve pontaria na história da faca, dona Nara, hehehehe. O seu filho, analisado a partir de seu texto, é um baita suíno, porque faz umas porcarias muito boas, o que justifica o vício de mãe. Quanto ao livro, deves fazer, porque se depender dele tudo vai ficar largado ao léu.

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  3. Que horror falar isto dá sua mãe, pois diabinho era você!!!
    Ah...e quanto ao banho, porque não colocou que ficou exatamente 10 dias sem tomar, que já dormia de tênis pois não dava para aguentar a podridão!

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  4. primeiro:concordo com o marcio... maldita pontaria hehehe.
    segundo:como tem poema pra irmao, cronica pra mae,bisavó,e a postadora de videos oficial nao ganha nem um "muito obrigada meu panda"hehehehe

    ahh e continue escrevendo estas porcarias!
    [agora para de reclama que eu nao comento!]

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