No jornal onde trabalho tem um motorista chamado Pedro. É um aposentado de pouco mais de 60 anos, mas com semblante e histórias que lhe conferem um século, pelo menos. Naturalmente todo mundo lasca um “Seu” antes do Pedro.
Pois este vivente já entregou leite para metade da região onde moramos – cerca de 300 mil habitantes - e já percorreu cada rincão dela de bicicleta quando guri. E diante de tamanha vivência, frases como “Antigamente isto tudo aqui era mato” ou “A fábrica que mais cresce no mundo é a humana” são de praxe.
Pois bem, vinha Seu Pedro e eu pela principal rua da cidade onde moro, quando ele tem mais um de seus momentos nostálgicos:
- Aqui – apontando para uma esquina – foi o primeiro bar de Lajeado.
- Sei, onde o senhor vinha beber todo o final de semana.
- Não, todo o dia.
- O quê? Bebia todo o dia?
- Não, não. Eu entregava leite todo o dia.
Ah, tá. Fingi que acreditei.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
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Huahuahua! essa é clássica. agora, pouco mais de 60 é bondade tua... viva o seu Pedro
ResponderExcluirÊta, pois saibam que, onde hoje é a agência do Banco do Brasil, só tinha macega, dessas que são usados nos telhados de quiosques. Mais uma do Seu Pedro.
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