terça-feira, 15 de setembro de 2009

Não se brinca com o vício dos outros

Quer me ver enlouquecido dentro da redação é me deixar sem café. Encaro chefe de mau humor, fonte mala, tempestade, 18 horas direto, até salário atrasado eu aceitaria... Mas não queiram que eu trabalhe sem café. Sem café não! Fico parecendo um ratinho destes de laboratório, inquieto, indo de um lado para outro. E eu não sou o único viciado no pretinho, não.

Antigamente mandavam só uma térmica, bem “pequetitinha”, para a redação. O pessoal pegou gosto e começaram a mandar uma daquelas térmicas “anabolizadas”, estilo Coca-cola de 3 litros. Hoje em dia são pelo menos duas destas e mais a cafeteira do jornal, que trabalha mais que a gente.

Alguns fracos, como minha chefe, preferem café descafeinado. Mas cá entre nós que isso seria o mesmo que admitir cerveja sem álcool. Entretanto, isso se releva. Afinal somos pessoas civilizadas. Viva a diferença, diz o da coluna do meio!

Intolerável mesmo é o que um ex-colega meu fez. Em um dia fatídico, aquele animalzinho de teta, estabanado, estúpido mesmo, quebrou a cafeteira. Dá para imaginar como os ratinhos viciados da redação ficaram?

É por isso que eu me solidarizo com os funcionários gaudérios da prefeitura da minha cidade. Há nove meses a prefeita, em um ato ditatorial, proibiu o mate nas repartições públicas. Tudo bem, podia ser pior. Podia ser o café. Mas sabemos que para o gaúcho, seja de Porto Alegre ou de Uruguaiana, chimarrão é tão sagrado quanto café.

Pois, agora, passados nove meses, a prefeitura pariu uma normativa liberando o chimarrão durante a Semana Farroupilha, que termina no domingo, 20 de setembro. Mas vem cá, uma semana e depois o nada pra sempre?

Não se brinca com o vício dos outros!

Por Ermilo Drews

4 comentários:

  1. Este texto está espetacularmente desaforado. Um primor, hehe. É lógico que é feio falar dos colegas, mesmo aqueles que se foram. Sobre o chimarrão na prefa: acho que a conversa fiada gasta bem mais o tempo dos nosso funcionários públicos (município, estado e união) do que o chimarrão e nem por isso foi proibido o falatório, então, passe o mate, tchê.

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  2. Conversa fiada existe bem todos os locais de trabalho (inclusive nas redações de jornal).
    hehehe...
    Preciso defender a minha classe de funcionária pública!!!

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  3. Xi, pior, dona Nara, em redação de jornal, sobretudo onde fica a cafeteira de origem incerta, rola um monte de conversa fiada. Também já fui funcionário público, heheh

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